terça-feira, agosto 25, 2015

O problema é da ISO ou da TUV?

Há mais de vinte anos, depois de reler uma cópia de "Customer Intimacy and Other Value Disciplines" encomendei o livro que li e que muito afectou a minha abordagem ao mundo da gestão das empresas e, sobretudo à estratégia.
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No artigo, e no livro, os autores trabalham sobre uma abordagem de posicionamento que tinha encontrado antes em Porter e, que ainda hoje utilizo para sistematizar ideias, embora reconheça que está cada vez mais desactualizada quando pensamos no Estranhistão.
A figura ilustra as três famílias de estratégias de posicionamento que uma organização pode seguir. A excelência operacional é uma delas.
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Anos depois, em "What Is Strategy?", Porter desancou nas empresas japonesas porque só sabiam competir pela excelência operacional... como não recordar o livro Kaizen e aquela lição do QCD.
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Quem segue este blogue sabe o quanto convido as PME a fugirem de uma estratégia baseada na excelência operacional porque simplesmente não é a sua praia, dificilmente uma PME pode triunfar baseada na excelência operacional, a abordagem que dá uma vantagem natural às empresas grandes.
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Por que escrevo isto aqui e agora?
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Porque ontem, ao pesquisar informação sobre as alterações à nova versão da ISO 9001:2015 encontrei este texto da TUV, "Navigating ISO 9001:2015" onde li:
O que é que a frase revela?
O problema é da ISO ou da TUV?
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Julgo que a norma quando foi criada, anos 80, tinha embebida no seu espírito a mentalidade da qualidade baseada na excelência operacional e na padronização. Mentalidade que me mete medo e sobre a qual reflecti aqui.
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Aos poucos tem evoluído mas ainda tem de evoluir mais.

  • mais ênfase na eficácia;
  • clientes e partes interessadas;
  • ecossistema e controlo;
  • clientes e clientes-alvo;
  • mais ênfase na selecção e conquista de clientes-alvo.

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