sábado, julho 25, 2015

Outro melhor ano de...

Na senda de "o melhor ano de...", mais uma vez a metalurgia e metalomecânica mostra o que se faz com o euro:
"A avaliar pelos dados revelados esta sexta-feira pela Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal (AIMMAP). Rafael Campos Pereira, vice-presidente da associação, nem hesita: “se continuarmos a crescer e a manter os registos que mantivemos nos primeiros cinco meses do ano, vamos ultrapassar a nossa meta“."
De que falamos? Sou levado a concluir que falamos daquelas categorias do INE:

  • MÁQUINAS, OUTROS BENS DE CAPITAL E SEUS ACESSORIOS (excepto material de transporte); (CGCE 41 e 42) e
  • ARTES, PEÇAS SEPARADAS E ACESSÓRIOS (para material de transporte) (CGCE 52 e 53)
"As exportações de máquinas e equipamentos, produtos metálicos, equipamentos de transporte e fabrico de peças técnicas utilizadas no setor automóvel ou aeronáutica, entre outros, atingiram 6.354 milhões de euros nos primeiros cinco meses de 2015 [Moi ici: Se acrescentarmos o CGCE 51 (AUTOMOVEIS PARA TRANSPORTE  DE PASSAGEIROS) o valor ultrapassa os 7 milhões], mais 12,2% do que em igual período do ano anterior. Representou 30% das exportações nacionais nos primeiros cinco meses do ano, que totalizaram 20,6 mil milhões de euros. E há 16 meses que a variação homóloga das exportações do setor metalúrgico e metalomecânico está a crescer."
Como é que o sector consegue?
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Qual é a receita deste blogue?
"A aposta estratégica na expansão para mercados externos de valor acrescentado e o investimento das empresas na qualidade e inovação dos seus produtos e serviços mostrou-se crucial e é algo que nos deixa muito orgulhosos
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A inovação e a competitividade do metal português são cada vez mais reconhecidas internacionalmente e estamos a competir no mesmo patamar que os gigantes mundiais do setor como a Alemanha ou alguns países asiáticos
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O vice-presidente da AIMMAP diz que as exportações sobem, mas não é em volume, é em produtos de valor acrescentado. “Não vendemos produtos em série massificados, vendemos é cada vez mais produtos com maior valor acrescentado, customizados e orientados para as necessidades dos clientes. As empresas estrangeiras desafiam as nossas a encontrarem soluções para ultrapassarem os seus problemas”, diz."
Pena que o artigo de onde retirei os trechos "Exportações. Os campeões nacionais não desistem de fazer mais" acabe da pior forma:
Enquanto o vice-presidente da AIMMAP dá uma entrevista a salientar as PME portuguesas, muitas delas anónimas, a dizer:
"Não vendemos produtos em série massificados, vendemos é cada vez mais produtos com maior valor acrescentado, customizados e orientados para as necessidades dos clientes."
O autor termina com uma lista de empresas que estão em mercados de preço, commodities ou produção em massa, e quase nenhuma faze parte da lista que Rafael Campos Pereira menciona:
"As exportações de máquinas e equipamentos, produtos metálicos, equipamentos de transporte e fabrico de peças técnicas utilizadas no setor automóvel ou aeronáutica,"
Melhor, muitas destas empresas fogem de fornecer o sector automóvel, sabem o perigo da pedofilia empresarial, recordar:

1 comentário:

CCz disse...

Enquanto a produção automóvel baixa http://www.abola.pt/automoveis/ver.aspx?id=559266 metalomecânica cresce