sexta-feira, junho 20, 2014

"O pequeno negócio pode ser muito melhor."

Nada que não se escreva por este blogue há muitos anos e que não se pratique no dia-a-dia na minha actividade de consultoria com PMEs.
"Como é que as pequenas e médias empresas (PME) podem competir contra grandes multinacionais no mercado globalizado de hoje? Que estratégias devem adoptar? .
A maneira mais fácil de determinar a forma de competir com as grandes empresas é olhar para as questões com as quais as multinacionais têm dificuldade em lidar. [Moi ici: Onde é que a PME pode, agindo como David, fazer a diferença?] As multinacionais queixam-se geralmente de que as pequenas e médias empresas são concorrentes difíceis, porque têm produtos de boa qualidade a preços mais baixos, são mais rápidas, mais flexíveis e estão mais perto dos clientes. O meu conselho é do que as PME escolham pequenos mercados e os abordem de formia adequada, em vez de se dispersarem por muitos países. Este é o caminho para construir um negócio sustentável.
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Que lições podem as PME aprender com as multinacionais? .
A primeira lição é a de que  um bom produto é o mais importante para as PME. É necessária dedicação na construção da marca. [Moi ici: Fundamental, desenvolve marca para fugir do granel e ganhar individualidade e potenciar relação, potenciar interacção] As PME devem certificar-se de que as relações com os distribuidores  são excelentes e constantemente estimuladas.
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No actual quadro, qual dos conceitos de negócios é preferível, °small is beautiful" (pequeno é bonito) ou "big is better" (grande é melhor)?
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O pequeno negócio pode ser muito melhor. Tenho clientes de grandes multinacionais que estão a arrancar os cabelos para conseguirem competir com algumas pequenas empresas ágeis e agressivas. [Moi ici: Golias a competir com David? Recordar Arreguín-Toft] Todas as multinacionais são vulneráveis. Se você olhar a lista Fortune 500 de há 25 anos e a actual, concluirá que só menos de 40% das empresas ainda estão nessa lista."
Pena que este discurso, semelhante ao deste blogue, não tenha mais divulgação. Bloquearia os produtores de cortisol que só vêem desgraças e só sabem carpir com saudades de um passado idealizado e romantizado onde eram protegidos, onde não havia globalização, onde... corria leite e mel. E abriria esperança para quem trabalha, para quem experimenta, para quem arrisca.
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Trechos retirados de "Nenad Pacek: "Um bom produto é o mais importante para as PME""
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Continua

1 comentário:

Bruno Fonseca disse...

boas meu caro!

uma vez num curso executivo ouvi um empresário (dos melhores que conheci até agora, uma verdadeira lição de vida) dizer "os melhores produtos vencem".
e foi o que ele disse. produto, produto, produto. sem produto não faz sentido ter marketing, comunicação, vendas, canais comercias, nada.

muito bom.

por outro lado, num negócio parecido (a ver com plásticos), tive com uma senhora ´já com alguma idade, que anda há 20 anos a lançar produtos SEMPRE com marca própria. incrível o caminho que a empresa fez. começou por vender para a Europa sempre a um preço inferior aos concorrentes norte-europeus, porque eles recusavam comprar a um preço similar. e ela foi vendendo, sempre com marca própria, e sempre investindo em produto e desenvolvimento (a pessoa mais bem paga da fábrica é quem desenvolve o produto, aliás, ele não faz mais nada que não seja desenvolvimento, e mesmo quando há problemas na fábrica ele não se mete ao barulho). depois de toda esta travessia, está a aumentar os preços, está a aumentar a facturação (apesar de em 2011 e 2012 a facturação ter caído mais de 40%), já tem 2 produtos que foram flagrantemente copiados por multinacionais, está a investir em máquinas, e SEMPRE com marca própria. fenomenal.

voltamos sempre ao mesmo. hoje há muita concentração no marketing e na comunicação, mas o produto é sempre a base. como disse o empresário, "os melhores produtos vencem".

bem haja!
Bruno Fonseca