sexta-feira, outubro 18, 2013

Manter a concentração é difícil e perigoso

Em qualquer negócio é fundamental manter a concentração.
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Manter a concentração é difícil e perigoso.
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É perigoso, porque a concentração pode aprisionar-nos a ofertas, a modelos de negócio, a formas de ver o mundo que ficaram ultrapassadas. E vamos, muito fiéis ao que nos deu sucesso no passado, ao fundo, sem apelo nem agravo.
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É difícil, porque concentração implica uma permanente abertura para cortar o que funcionou no passado mas que a co-evolução com o ecossistema da procura transformou em lastro, em peso morto.
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Cortar numa fábrica, ou seja, abater uma linha de produtos é como matar um filho, é a última coisa a fazer-se. O resultado é a lenta erosão da competitividade... é assim que se chega a isto:
"O administrador da Larus, Pedro Martins Pereira, explicou ao Negócios que seleccionou apenas 17 dos mais de 700 produtos em catálogo, apostando "naqueles que tinham interesse comercial e numa perspectiva de começar também a desenvolver novos produtos"."
Uma fundição com um catálogo com mais de 700 produtos acabou... falida.
"What else separates brilliant decision makers from average ones?
CEOs face countless decisions. The best executives understand which ones they need to focus on and which ones they can delegate. They also know when to make a decision. And they’ve debated the risk of not doing it. Any change in the landscape creates opportunities for somebody. The decision to grab a big opportunity can be destiny-changing. If you don’t do it, someone else will. Look at how Amazon, Apple, and Google move ahead of everyone else."
Trecho retirado de "You Can’t Be a Wimp—Make the Tough Calls"

7 comentários:

lookingforjohn disse...

Só acrescentar/ complementar/ questionar:

Um número elevado de produtos pode resultar se decorrente/integrado num modelo de negócios adequado... (?)

Um número elevado de produtos pode significar que a cada um deles, ou a cada conjunto, está reservado um papel específico na implementação do modelo de negócios. Em alguns casos, o papel até pode passar por não vender... (?)

:)

CCz disse...

Dear John,

Primeira questão - claro que sim, desde que tenho uma estrutura produtiva modular e flexível, capaz de conjugar esses muitos diferentes itens.
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Segunda questão, eheheh comecei a rir-me com a questão, depois, comecei a perceber que pode ser mesmo verdade, para marcar território, para sinalizar algo... se aparecer uma encomenda veremos como se faz

CCz disse...

John,

Ao ler isto http://sethgodin.typepad.com/seths_blog/2013/10/marketing-good.html

lembrei-me logo desta conversa

CCz disse...

"Failing to Choose Focus is a crucial winning attribute. Attempting to be all things to all customers tends to result in underserving everyone. Even the strongest company or brand will be positioned to serve some customers better than others. If your customer segment is “everyone” or your geographic choice is “everywhere,” you haven’t truly come to grips with the need to choose."

Playing to win

lookingforjohn disse...

O foco pode ser o mesmo dum alfaiate. Deter um conceito, um centro gerador de variantes de produto (diferentes estéticas e funcionalidades), e depois disponibilizá-las.
A flexibilidade da estrutura de resposta tem que andar de mão dada com a capacidade criadora de variantes.
Concorda?... :)

P.S.: Então e comments ao BM que lhe enviei, quando tenho a honra? :)

CCz disse...

"A flexibilidade da estrutura de resposta tem que andar de mão dada com a capacidade criadora de variantes"

Só que, normalmente, as estruturas são pesadas, inflexíveis e cheias de custos afundados que não se conseguem eliminar, muitas vezes por motivos muito humanos

CCz disse...

Quanto ao BM ... aguardo convite para francesinha de trabalho. BTW, gostava de trabalhar mais a proposta de valor, IMHO