quarta-feira, outubro 09, 2013

ISO/CD 9001 (2015) (parte II)

Parte I.
.
Quem trabalha comigo no desenvolvimento de sistemas de gestão que conciliam o balanced scorecard com a ISO 9001, sabe que em paralelo com a criação do gerador de cenários, procuramos determinar e caracterizar o ecossistema da procura.
.
Quem participa no ecossistema da procura, que papel desempenha, quem são os reguladores, quem são os influenciadores, quem são os prescritores, qual o fluxo da informação, ...
.
Ao analisar a ISO/CD 9001, encontro a cláusula "4.2 Understanding the needs and expectations of interested parties":

  • a empresa deve determinar quem são as partes interessadas relevantes para o sistema de gestão da qualidade e quais os seus requisitos.
Gosto daquele determinar, as partes interessadas não existem e são identificadas. Não, as partes interessadas são definidas, determinadas pela empresa tendo em conta o modelo de negócio que adopta. Como é que os auditores interpretarão aqueles modelos de negócio em que os clientes directos, os que pagam, são prisioneiros do modelo de negócio, por exemplo, dependentes de prescritores. Recordar isto, isto, isto e ainda isto.
.
O projecto de norma refere como exemplos das partes interessadas: os clientes directos, os utilizadores finais, os fornecedores, os lojistas e outros envolvidos na cadeia de fornecimento e os reguladores.
.
Mais um desenvolvimento interessante
.
.
Já imagino um auditor, sem experiência de pensamento estratégico, horrorizado com a opção por secundarizar o papel do cliente directo num modelo de modelo de negócio.

Sem comentários: