terça-feira, outubro 08, 2013

A revolução em curso

"Em dois anos, a percentagem da facturação que vem dos mercados externos subiu de uns residuais 7% para 65%. O volume de vendas da empresa subiu também 20% para os 53 milhões de euros."
Gente anónima a fazer pela sua vida contribui para a revolução em curso, faz o agregado que cria a retoma.
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Apesar de Portugal continuar no euro, apesar da TSU não ter baixado... imaginem só como seria se as empresas pudessem acumular um pouco mais de capital, para investir, em vez de ser saquedo na impostagem.
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Trecho retirado de "Metalogalva dá luz na Suécia com contrato de 28 milhões de euros"
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BTW, é este contacto com as PMEs que me mantém optimista.
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BTW2,
"a empresa nacional teve forte concorrência de empresas polacas, romenas e checas"
Qual o IRC nestes países?

6 comentários:

Bruno Fonseca disse...

boas!

só comentar que, mais uma vez neste tipo de exemplos, referem que recorreram ao QREN para apoiar o investimento, que nos últimos 3 anos chega a cerca de 12 ou 13 milhões de euros.

um excelente exemplo de dinheiro público bem gasto.

bem haja!

Carlos Albuquerque disse...

"imaginem só como seria se as empresas pudessem acumular um pouco mais de capital, para investir, em vez de ser saquedo na impostagem"

Mas porque é que as empresas não fogem deste inferno fiscal e vão para um desses paraísos fiscais? O que é que as prende aqui? Puro masoquismo? Ou as vantagens da "impostagem" compensam os custos?

Certos sonhos de um país sem estado e sem impostos continuam muito semelhantes a sonhos de sociedades sem classes: utopias impossíveis que pelo caminho deixam um rasto de destruição.

CCz disse...

A sua insensibilidade para com os seus hospedeiros é esclarecedora

CCz disse...

Bruno, por que é que o governo português tem de dar 5 milhões de euros à VW para ela fazer um investimento de 38,2 milhões de euros em Palmela?

Bruno Fonseca disse...

boas meu caro!

é um incentivo ao investimento. que aliás acontece em toda a Europa.

se você pergunta "qual o nível de IRC noutros países como Roménia, Polónia, etc", também devemos questionar o papel desses apoios.

eu acredito que o estado pode e deve ter um papel importante na economia, nomeadamente promovendo investimento, promovendo exportações, com muita diplomacia, captação de investimento estrangeiro, etc.

utilizar dinheiro da comunidade europeia para apoiar investimentos, parece-me excelente maneira de utilizar esses fundos, em vez de fazer rotundas e afins.

como referi antes, a VW foi uma revolução que se fez em Portugal ao nível industrial. faz lógica que quando investem, à semelhança do que fez a Metalogalva, por exemplo, ou qualquer empresa de calçado, tenham incentivos.

já referi várias vezes, para a economia crescer, é necessário investimento. se o QREN ajuda nesse investimento, nada a apontar.

por exemplo, o sector dos vinhos tem sido um excelente exemplo de evolução de qualidade, exportação, etc. contudo, em grande medida, isso foi viável devido a apoios sustentados do estado, tanto na replantação, na implementação de novos players no sector, e continua agora, com o investimento que é feito na divulgação dos vinhos no Brasil, USA, etc.

como referi, há casos claros em que o estado deve estar fora da economia, como sejam os estaleiros de Viana. mas há muitas situações em que deve apoiar.

bem haja!

Bruno Fonseca disse...

já agora, se me permite, estes apoios servem exactamente para mostrar que "Lisboa" tem olhos para o "país real", e que todas as empresas que invistam podem efectivamente beneficiar.

excepto, claro, se essas empresas forem em Lisboa, uma vez que uma série de apoios não são efectivos em Lisboa (por causa da média do PIB).
aliás, uma empresa de calçado ou têxtil em Lisboa não tem acesso aos mesmos beneficios que uma concorrente em Famalicão, Porto, Covilhã, etc.o que para mim nem sequer faz sentido.

os apoios deveriam ser por sector.

abraço!