terça-feira, agosto 06, 2013

Agosto de 2013 está quase a chegar

Interrompo aqui o meu jejum, em directo de Gasteitz, só para lavrar um protesto.
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O Jornal de Negócios fez este título "Número de desempregados registados em Espanha diminui pelo quinto mês consecutivo" no passado dia 2 de Agosto.
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Entretanto, segundo os dados do mesmo tipo, os do IEFP, o desemprego em Portugal cai há 5 meses consecutivos ... viram algum título a referir o facto?
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Eu não. E agora, mais uns 2 ou 3 dias e teremos novos números a ilustrar uma queda de 6 meses consecutivos e mais, a queda do desemprego homólogo pela primeira vez.
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A viagem de estrada de Bordéus para Gasteitz é um consolo para os olhos, tanto camião português a levar as nossas exportações!!!
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Por favor, não confundir isto com propaganda pro-governamental. Tudo isto é o fruto de gente anónima, longe dos corredores do poder que, apesar dos governso, tentam construir um Portugal com futuro.
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BTW - A França é capaz de ter salvação, Paris é um mundo para o comércio clandestino. Ninguém passa facturas, ninguém pede facturas e a ASAE não existe. Cerejas a 14,5 € o kg, por que é que nenhum tuga aproveita isto?

7 comentários:

LR disse...

Os tugas têm aproveitado. O nosso maior excedente comercial é precisamente com a França.

CCz disse...

Se saírem da autopista em Miranda de Ebro e tomarem a direcção da cidade vão ver junto a uma rotunda do lado esquerdo uma Mercadona e um Leclerc.
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O Lecrerc tem gasolina sem chumbo 95 a ... 1,380 €/litro

Bruno Fonseca disse...

em relação a França, é provavelmente hoje o maior mercado para as nossas PME's, até porque para a Alemanha as exportações são na maioria de empresas alemãs que estão em Portugal.

no sector alimentar, construção, materiais de construção, pequenas metalomecânicas, existem milhares de PME's a exportar para França, sustentando os números do nosso excedente.

em relação ao JN, sou bastante crítico. aliás, critico até mais não. este fim de semana uma das capas foi "Portugal não avança sem o Norte". isto quer dizer o quê? que avança sem o Centro? que avança sem o Sul? que dispensa as ilhas? que mensagem idiota foi essa? quem é semelhante personagem capaz de escrever uma idiotice destas?
enfim.

Bruno Fonseca disse...

já agora, aproveitando o Expresso deste fim de semana, duas noticias interessantes a respeito do sector têxtil.

referi no passado, em discussões consigo, que entendia que o têxtil estava a atravessar um período difícil, e que os poucos investimentos que via eram sobretudo de grandes empresas e/ou agentes que estavam a absorver empresas em dificuldades. surge então a reportagem sobre a Ricon, onde referem que o último investimento foi a "absorção" de um fornecedor em Penafiel que estava com graves dificuldades. conheço alguns casos destes.

por outro lado, aparece o único investimento que vi nos últimos tempos no têxtil. a Paulo Oliveira vai investir 7 milhões de euros em maquinaria, contudo, não para aumentar a produção, mas apenas para conseguir menores séries. o objectivo é apenas manter o mercado actual, garantindo melhores respostas aos clientes. ou seja, mesmo neste caso, não existem muitas oportunidades de crescimento, os investimentos têm como objectivo apenas manter. o que mostra bem a realidade actual.

já agora, note-se que a Paulo Oliveira (que no passado já adquiriu também 4 fábricas em dificuldades na zona), é uma das maiores têxteis do país, e é da Zona Centro. aliás, tal como muitas das principais confecções do país, como sejam a Dielmar, por exemplo. apenas para não ter que voltar a ouvir ou ler a lenga lenga do "norte é o único exportador"

bem haja e bom regresso de férias!

CCz disse...

Olá Bruno,

"a Paulo Oliveira vai investir 7 milhões de euros em maquinaria, contudo, não para aumentar a produção, mas apenas para conseguir menores séries. o objectivo é apenas manter o mercado actual, garantindo melhores respostas aos clientes"

Esse "garantindo melhores respostas aos clientes" é muito bom, associado a "para conseguir menores séries".

Em vez de crescer em número de clientes, ou em vez de crescer em quantidade produzida, crescer aumentando o valor acrescentado percepcionado por cada cliente em cada produto.

Quanto ao "não existem muitas oportunidades de crescimento" foram eles que disseram ou é a sua opinião?

Bruno Fonseca disse...

boas!

o administrador deixa claro que o objectivo é mesmo manter o mercado actual. eles têm problemas para fazer pequenas séries num curto espaço de tempo, e dão o exemplo da sua principal concorrente em Itália, a qual trabalha apenas 4 dias por semana, enquanto eles trabalham 24x7. com as máquinas novas, parece-me que o objectivo é diminuirem os custos salariais.

analisando friamente, a matéria prima é quase toda importada, e de bastante longe. se a lã vem da Austrália, acho que facilmente no Paquistão ou Bangladesh se encontre quem produza produtos similares a um custo substancialmente inferiores. além disso, têm também capital abundante para investirem em maquinaria. com custos menores na matéria prima, menores custos laborais e energéticos, abundância de mão de obra, são sem dúvidas concorrentes muito dificeis. a Paulo Oliveira tem trabalhado bem ao nível de desenvolvimento de produtos, parece-me que aproveitando bem algumas inovações que são originárias da área têxtil lar, como sejam tecidos anti-fungos, anti-raios ultravioleta, etc.

CCz disse...

Interessante http://www.businessweek.com/articles/2013-08-16/europes-hotbed-of-entrepreneurship-france#r=nav-r-blog