sábado, junho 22, 2013

Uma outra narrativa

"Stressors are information"
"São muitas as empresas do ramo que estão hoje a braços com a estagnação do mercado interno. “O setor do mobiliário cresceu este ano, devido ao aumento das exportações. No entanto, as empresas que dependem do mercado nacional em exclusivo registaram uma quebra acentuada nas vendas, sobretudo pela redução do poder de compra e o crédito limitado”, garantiu Gualter Morgado.
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Estima-se que nos últimos quatro anos a região do Vale de Sousa viu reduzido para metade o número de empresas ligadas a este setor, tendo desaparecido maioritariamente micro e pequenas empresas. A nova estratégia das empresas para compensar as perdas no mercado interno passa pela aposta na exportação.
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"Se não estivéssemos no mercado externo já não existíamos. Há 12 anos atrás tínhamos 25% do volume de produção da empresa (Fenabel) direcionado para a exportação e o restante para o mercado nacional. Hoje é o reverso
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Com cerca de 70 funcionários a empresa dá preferência ao mercado externo. “Não temos outra solução. Como o mercado interno baixou as compras teremos que procurar todos os dias encomendas no resto do mundo para continuarmos” (Moi ici: Pragmatismo de quem não está habituado a direitos adquiridos, nem a queijo garantido)
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Há poucos anos a produção da empresa (ARC) era praticamente direcionada para o mercado interno, mas hoje inverteu completamente a situação e “exporta 95% do que produz”, segundo dados da empresa."
Recordar "Fazer o by-pass ao país".
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Se não tivéssemos tantos produtos toxico-deprimentes nos media tradicionais, podia-se construir uma narrativa coerente positiva e libertadora só baseada nos exemplos de gentes e de empresas como estas.

Trechos retirados de "Exportação é a grande aposta para contornar a crise"

1 comentário:

Bruno Fonseca disse...

boas meu caro!

queria apenas chamar a atenção para o facto de terem desaparecido, na sua maioria, as micro e muito pequenas empresas do sector. que são as mesmas que não conseguiram atingir mercados externos.

esta relação é a que venho a defender há já alguns posts. que acho que também é visível no sector dos moldes, onde a maior parte das médias empresas conseguiu passar pelo período mais complicado, enquanto que uma parte significativa das pequenas tiveram que encerrar.

neste caso em concreto, para ir a feiras, para ir "buscar clientes", é preciso ter alguma dimensão, alguma capacidade financeira para ir a feiras, promoção, capacidade produtiva, talvez até para arriscar em algum cliente ou em amostras.

para as muito pequenas, é complicado. até porque basta um atraso num pagamento e se calhar toda a empresa entre em "stress".

repito: uma empresa que facture 10 ou 15 milhões de euros, a nível europeu, é peanuts. é por isso que o "small is beautiful" para mim, faz sentido, mas existe um patamar mínimo, que varia de sector para sector. no calçado o patamar "mínimo" é bastante inferior a uma empresa de plásticos, por exemplo.

um bem haja!