quarta-feira, maio 01, 2013

Coerências... de jogador de bilhar amador

Por um lado, pela parte do patronato, um dos mais aguerridos defensores do aumento do salário mínimo:
"CCP disponível para aumento do salário mínimo com algumas condições"
Por outro lado, o mesmo que pensa isto:
"Além disso, a economia portuguesa e o tecido empresarial tem “uma capitalização relativamente baixa” e por isso assente “num financiamento bancário extremamente alto”, algo que a troika “não percebeu”. “A quebra do financiamento da banca está a asfixiar inclusivamente as empresas viáveis, ao contrário do que aconteceu em outras crises em que as que encerravam eram as inviáveis”, acrescentou."
E o mesmo que pensa isto:
"“No contexto presente, a criminalização dos salários em atraso não conduziria, na maioria das situações, a uma solução positiva, mas, pelo contrário, só serviria para acelerar o encerramento das empresas ou aumentar o número de despedimentos, lançando mais pessoas no desemprego”, afirma a CCP, em resposta a questões colocadas pela agência Lusa.
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Na entrevista, o inspector-geral diz também que a redução salarial é ilegal, mesmo com acordo do trabalhador. A CPP refere que a medida, “sendo obviamente ilegal”, é uma tentativa das empresas de fazer face às dificuldades do mercado."
Um exemplo flagrante daquilo a que chamo jogadas de bilhar amador:
"We need to learn to think in second steps, chains of consequences, and side effects."

3 comentários:

CCz disse...

http://www.lavanguardia.com/economia/20130430/54373007203/pimec-consenso-implantar-minijobs-menos-450-euros.html

Zé de Fare disse...

Os mesmos mini jobs que vão levar os poderosos sindicatos alemães a entrar nas eleições nacionais. Mini jobs? nem os ingleses os querem. E claro o protestos dos trabalhadores do Walmart americano que deixaram de ter horários regulares e com isso ficam impossibilitados de arranjar um 2º trabalho para compensar os rendimentos do 1º trabalho.

Zé de Fare disse...

O que a PIMEC devia fazer era propôr o fim da aldrabice fiscal. Isso é que era de interesse nacional. Mas eles têm um ministro da economia tão banana como o de cá. O Guindos disse esta semana que nunca tinha visto uma nota de 500 euros... isto no país onde circulam mais notas de 500 euros em toda a europa.