sexta-feira, abril 27, 2012

O futuro não é, necessariamente, uma projecção do passado

Leio "Valores chineses?" e sorrio. O artigo começa logo com uma afirmação com a qual discordo:
"Não podem restar hoje muitas dúvidas de que a República Popular da China dominará o mundo do século XXI."
Joschka Fischer não lê este blogue ("As mudanças em curso na China" parte I, parte II e parte III), senão sabia que está a projectar um futuro com base em pressupostos que já não se verificam.
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Este artigo "How To Move Away from the Industrial Age Company Model" aborda um tema que Fischer só há-de detectar daqui a uns anos.
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Por exemplo, este título "Pela primeira vez em 40 anos há mais mexicanos a sair dos EUA do que a entrar" o artigo não refere a realidade do regresso das "maquiladoras" que estão cada vez mais competitivas face à China. (Por isso o PIB do México cresceu 5,5% em 2010, 4,5% em 2011 e prevê-se que cresça 3,6 em 2012)

Fischer também pode encontrar alguma utilidade em ler "3 Fundamental Shifts in the Basis of Competition" para perceber melhor o mundo que aí vem.

5 comentários:

CCz disse...

http://www.economist.com/node/21553056

Eduardo Freitas disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Eduardo Freitas disse...

A imprevisibilidade do futuro, consequência necessária dos propósitos dos homens e das acções por si intentadas para os atingir, só encontra paralelo, ainda assim pobre, na sucessiva reconstrução a que o passado é sujeito. Em consequência, toda a parafernália estatística e econométrica, brandida por muitas "autoridades", é totalmente inútil para antever o futuro.

CCz disse...

Pelo que escreveu, caro Eduardo F., é que sinto cada vez mais arrepios quando vejo os media pensar em relações causais, como se conhecessem o futuro... daí o interesse que me desperta esta história da efectuation http://www.effectuation.org/sites/default/files/AMR01.pdf

CCz disse...

http://www.guardian.co.uk/world/2012/apr/25/young-men-mexico-us-future