sexta-feira, outubro 14, 2011

À frente da COTEC?

Ontem, enquanto gelava sob o frio glacial de uma carruagem de metro que se dirigia para a Póvoa do Varzim, lia o artigo "Falta inovação nas empresas e sobra no Estado" no JdN.
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Ao ler:
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"A inovação precisa normalmente de tempo para se desenvolver e a economia portuguesa está a precisar de uma resposta "just in time". A inovação é, ainda assim, uma solução para os problemas?
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Do ponto de vista estrutural, não há outra hipótese para a economia portuguesa, porque já não conseguimos competir com base no preço. Por isso, temos de ter argumentos de diferenciação, e a inovação é o que o permite."
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Escrevi na margem da página "já aprendeu alguma coisa desde 2005"
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Em 2005 previu o fim do sector do calçado em Portugal... isso.
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Mas afinal estava errado...
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"“Acho que nas empresas viradas para os mercados exteriores, para serem capazes de produzir e vender mais barato (Moi ici: Até parece que esse é o nosso campeonato... Daniel Bessa parece um convidado do Pr´s e Contras) aqui e ali, era vantajoso e um estímulo ser-lhes dada a possibilidade de aumentar o horário de trabalho até uma hora a mais, por exemplo”, afirmou Daniel Bessa em entrevista à Renascença, adiantando que esse aumento horário não seria acompanhado de um aumento de salário." (Ver aqui e aqui)
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Como é que pode estar à frente da COTEC?
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Este argumento nunca deveria ser utilizado pelo director-geral da COTEC... recordar o que escrevi sobre o Return-of-Attention.
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É tão absurdo como ouvir constantemente Ferraz da Costa, presidente do Forum para a Competitividade, apelar à redução de salários para tornar a economia mais competitiva.

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