quarta-feira, maio 21, 2008

Uma apologia da batota (parte I)

Sim, praticarás a batota!!!“This guy is nuts!!!”
.
Não, estou a falar muito a sério, mesmo muito a sério.
.
“Mas, para além de provações que temos de enfrentar, é a força da vontade que traça as verdadeiras fronteiras do caminho que havemos de percorrer. Se quiser, o parceiro que joga a vida pode fazer batota e influenciar o resultado.
E o parceiro é quem? Somos nós mesmos?
É o protagonista da vida, somos nós mesmos"”
.
Fazer batota e começar pelo fim, ou, se começarmos pelo fim, onde temos de trabalhar para criar o destino desejado?
.
Um cliente acaba de sair de uma loja.
Qual a experiência a que foi sujeito? Qual a experiência a que gostávamos que tivesse sido sujeito?
Se não pensamos previamente na experiência desejada, como podemos aspirar a controlar, a gerir a experiência real?
.
Se a questão serve para uma loja, e que tal para uma empresa de consultoria?
E que tal para uma empresa de formação?
E que tal para uma transportadora de mercadorias?
E que tal para um hipermercado?
E que tal para uma escola?
E que tal para …

(continua)

16 comentários:

Anónimo disse...

percebi a deixa... :)

CCz disse...

I knew you would!!!

Anónimo disse...

Eu, infelizmente, nao percebi.
Só reconheci o quadro do Caravaggio.
Talvez compreenda melhor a parte II, vamos lá ver.

CCz disse...

Olá Teresa,
.
Acaba de sair de uma loja, e ficou com uma boa impressão da experiência que viveu: o que viu, o que sentiu, a forma como foi recebida, a forma como foi tratada, and so on...
.
Por que ficou com essa sensação?
.
Terá sido por acaso? (Pessoalmente não acredito em acasos)
.
Terá sido obra de engenharia? (Who knows?)
.
Será importante?
.
Por que pensar nisso?
.
Don't miss next "puntata" (esta foi por causa do idioma do Caravaggio)!.
.
Por causa do comentário, vou-lhe dedicar uma música capaz de "mexer" com os cumprimentos de onda dos electrões que vibram dentro de nós e que são "nós"... aí vai ela

CCz disse...

By the way Teresa,
.
O nome Kraft diz-lhe alguma coisa?
.
Tenente Kraft, mais propriamente.

Raul Martins disse...

Começar pelo fim! Pode ser um motor de qualquer organização, o que é preciso é acreditar na fórmula. Acredito que este poste é uma preparação para o encontro com os meus colegas da Faculdade, será?
Amanhã (hoje, a horas mais decentes, porque já estou ensonado, e ainda tenho que ir ouvir Bach e tentar perceber o título!) entrarei em contacto por mail.
Carpe diem!

Anónimo disse...

Caro Engenheiro, o seu blogue está cada vez mais interessante e tem muitos pontos a que eu gostaria de dar MUITO mais atenção. Por meu mal (ou por meu bem, rss) tenho andado de tal modo ocupado que quase nem tenho tempo para respirar. Veja lá que o que tenho inserido no meu blogue são textos com mais de seis meses... Nem tenho tempo para algo de criativo. Um abraço do

kem-m-akode

Anónimo disse...

Boa tarde ccz:
Bach - o missionário. A missao dele na terra foi compor a melhor música do mundo. Ouvir Bach nao é orar, mas sim entrar no céu.

Quanto a batota continuo sem perceber patavina.
Talvez porque nunca saí de uma loja com boa impressao. Eu detesto lojas, compras, and so on ...
De livrarias gosto, aí no Porto, da Divulgacao, hoje Leitura.
Mas mesmo daí saiu mal disposta, com remorsos de ter gasto o meu dinheiro todo.

"puntata" também nao sei o que significa. Talvez seja a traducao de "nuts". Tenho razao?

A palavra Kraft significa: forca, vigor, robustez, potencia, energia.
Também é a marca de uma grande rede de productos comestíveis.
O tenente, esse nao conheco.

ccz, tenho sempre tanta coisa a perguntar-lhe, se nao se importa, mando-lhe para a próxima vez um @mail.

Nutze den Tag! (continuo a copiar o Raúl)

CCz disse...

Bach e Vivaldi são os maiores sintomas de que Deus existe, senão como seria possível criar música tão bela!
.

CCz disse...

Caro Raul,
.
Este postal nasce da nossa conversa na passada terça, de uma conversa nocturna com o aranha na passda sexta (ambas as conversas pecaram por terem sido curtas e a correr) e da sua conjugação com um artigo de que vou falar ma III parte desta apologia.
.
E sim, de certa forma é uma preparação... até porque nosotros (os três) já não acreditamos em acasos.
.

CCz disse...

Cara Teresa,
.
Espero que entre a II e a III parte a minha linguagem cifrada seja mais clara.
.
A minha ideia é "Não há acasos" para que um cliente saia satisfeito de uma experiência de compra, temos de fazer o mapa do que é que ele vai ver, sentir, pensar, e depois, trabalhar deliberadamente para o resultado. Não devemos fazer figas e esperar que tudo corra pelo melhor, não, vamos à luta, fazemos batota, recolhemos informação, para que o cliente pense que o que lhe está a acontecer na loja é por acaso... mas nós trabalhamos muito nos bastidores, para o satisfazer e para que permaneça a sensação de acaso, after all um cliente reconhece um sorriso amarelo a milhas.

CCz disse...

Cara Teresa,
.
Nunca leu "Fábrica de Oficiais" de Hans Helmut Kirst?
.
O tenente Kraft será sempre, mas sempre um dos meus heróis. Então a cena final...

CCz disse...

Por fim,
.
Já me esquecia puntata em italiano quer dizer episódio, penso eu de que.

Anónimo disse...

Variação: ontem estive com um jovem que trabalhava como operador fabril numa empresa que ambos conhecemos (aranha, CCZ) e que resolveu saltar para vendedor automóvel (curiosamente, da "sua" marca, CCZ).
20 e muitos anos de vida, apenas experiência profissional naquela empresa, como operacional na produção. Portanto, legítima e de encorajar a decisão de tentar crescer profissionalmente, mas um ponto de partida com limitações em termos de conhecimento e experiência na nova função/profissão.
Perguntei-lhe ontem então se estava a correr bem a experiência, e respondeu que sim. Na brincadeira perguntei-lhe como argumentaria comigo para tentar vender-me um carro (da marca do seu, não se esqueça) e falou-me logo em "qualidade". Apenas.
"Mas que belo chavão que não convence ninguém a experimentar essa marca", disse-lhe eu.
Referências ao preço ou às ligações ao grupo Wolkswagen, nada.
A coisa foi desfiando e espicaçando, e, em seguida, perguntei se tinha tido alguma formação, alguma integração que o preparasse para esta nova responsabilidade. "No surprise", não teve, mas vai ter uns magníficos 4 dias. Quatro!! Quatro dias inteirinhos para aprender a vender, para formar um vendedor!!!
Um momento, vou meditar e rir à gargalhada (ou devo chorar, emigrar, ir cuidar da hortinha??)
E pronto, são coincidências, a remeter para o desenho da experiência (elemento "pessoal de contacto"), para os "consultores de compras", para o "afastamento da situação de competição perfeita", etc., etc.

CCz disse...

Aranha,
.
Fez-me lembrar um e-mail que recebi uma vez:

http://balancedscorecard.blogspot.com/2008/01/quando-ningum-se-diferencia-to-fcil.html

"Quando ninguém se diferencia é tão fácil diferenciarmo-nos!"
.
Esta é a essência da batota. Ser diferente!!!!!!!!!!!!!
.
E o aranha não fala de empresas de vão de escada...

Anónimo disse...

Ai, Ai, ccz, eu sou tao diferente de toda a gente, e às vezes sinto-me tao só.

Comeco a compreender a ideia, principalmente depois de ter lido o comentário do "aranha"

O romance do Hans Hellmut Kirst "Fabrik der Offiziere" ainda nao o li, mas vi o filme. De um tenente Kraft nao me lembro.
Este autor lembra um pouco Erich Maria Remarque, nao acha?

Boa noite, ccz!