quinta-feira, dezembro 27, 2007

A criação e destruição criativa numa economia

A propósito do artigo "O fim dos 7 mitos laborais", publicado no último número do semanário Expresso, assinado por Isabel Vicente e Nicolau Santos.
Relativamente à criação e destruição de emprego:
Há uma informação que gostaria de ter: que tipo de emprego é destruído e onde? E, que tipo de emprego é criado e em que sectores?

A leitura deste artigo conjugou-se com a leitura deste outro "Schumpeter’s Creative Destruction: A Review of the Evidence" assinado por Arthur Diamond, do qual saliento os seguintes pontos:
  • "Schumpeter’s central message is that the process of creative destruction describes the form of competition in capitalism that is capable of dramatic improvements in the quantity and quality of our lives ";
  • "In the second book, Innovator’s Solution, written with Raynor, Christensen lengthens the list of examples, and elaborates the theory of how hard it is for incumbent firms to survive in the face of disruptive innovations. " (Como somos um país de incumbentes, somos instintivamente anti-roturas);
  • "Although the evidence for the truth and importance of creative destruction is being increasingly accumulated and recognized, I argue elsewhere that the importance of creative destruction is not being very effectively communicated to a wider audience, nor is it being applied to relevant policy issues, such as antitrust. It is highly plausible that our rate of economic growth would increase if we adopted policies making our economy more open to creative destruction."
Até que ponto é que a criação-destruição que temos entre nós, é criativa?
Até que ponto as empresas e o emprego destruído, está a dar lugar a empresas e emprego associado a maior produção de valor acrescentado?

2 comentários:

Jose Silva disse...

Caro CCZ,

Está a presumir que o crescimento/desenvolvimento é infinito, bastando boa gestão. Penso que está a cometer um erro de avaliação motivado por «deformação» profissional. Recomendo-lhe este blogue: http://elainemeinelsupkis.typepad.com/money_matters/, para mim o melhor blogue de geo-economia. Os problemas a partir de certo nível passam a ser macro e não micro.

Já agora aproveito para lhe pedir para regressar ao Norteamos. Como pode reparar, tenho republicado uma série de artigos seus que me parecem pertinentes para o Norte.

Cumprimentos
José Silva

CCz disse...

Obrigado por ter aparecido e por ter deixado o comentário.

Obrigado pelo link do blogue, já o consultei e vou acompanhá-lo de perto.

Concordo consigo, "os problemas a partir de certo nível passam a ser macro e não micro", no entanto, creio que esse ponto é muito mais distante do que os economistas e políticos pensam.
Este postal não é feito a pensar em nada mais senão nesta dúvida: será que as empresas e os empregos que estão a ser destruídos, estão a ser substituídos por empresas e empregos que criam mais valor acrescentado? Ou será que não? Essa é a minha dúvida... é que eu fiquei fan desta frase "In essence, creative destruction means that low productivity plants are displaced by high productivity plants." Aqui: http://balancedscorecard.blogspot.com/2007/11/nations-do-not-trade-it-is-firms-that.html